sábado, 28 de janeiro de 2012

Cinema Japonês onde começou?



Oi gente a London Voltou, depois da minha grande ausência eu voltei com uma matéria quentinha e gostosa.
Bom não sei se ai na cidade de vocês esta frio, mais na minha esta e muito, e nada melhor que um filme. 
Hoje eu vou postar a historia da industria cinematográfica Japonesa.
Espero que gostem.

Onde tudo começou...
  • Em 1897, platéias do Japão tomaram conhecimento de uma nova forma de entretenimento, através da demonstração do sistema de projeção de filmes da Vitascope, empresa americana formada por Thomas Armat e pelo inventor Thomas Alva Edison. Poucos anos depois, o Japão já estava formando sua própria indústria cinematográfica, produzindo seus próprios filmes mudos, geralmente retratando aventuras de época e história de samurais injustiçados. Enquanto no mundo inteiro o cinema era mudo, no Japão os filmes eram parcialmente sonorizados com a presença do benshi, uma pessoa que reproduzia os diálogos do filme, interpretando as vozes dos vários personagens durante a projeção – uma espécie de dublador ao vivo.
  • A primeira grande produção do cinema japonês ocorreu em 1913, quando o diretor/produtor Shozo Makino uniu-se ao ator Matsunoke Onobe para realizarem a primeira de várias versões de Chushingura (Os 47 Ronins). Em 1923, o grande terremoto de Tokyo devastou os estúdios que havia na cidade, o que obrigou o Japão a reconstruir sua nascente indústria cinematográfica.
  • Depois do terremoto, além de Tokyo, a cidade de Kyoto também se tornou outro pólo de produção de filmes.
  • Poucos anos depois, a política passaria a influenciar fortemente a produção cinematográfica. Em 1932, militares assassinam o Primeiro Ministro Tsuyoshi Inukai e tomam o poder de fato no país. Em 1933, quando o Japão começa a guerra contra a China, as salas de cinema passam a ser controladas pelos militares e passam a exibir filmes educacionais e de propaganda militarista em doses massivas. O mesmo ocorre nos estúdios, com a intervenção de executivos de confiança dos militares, passam a produzir filmes que enfatizavam a lealdade do povo ao Imperador e a priorização do sacrifício pessoal em benefício do grupo. No período da 2a. Guerra Mundial, os filmes adquirem o caráter de propaganda ideológica, tal como ocorria na Europa, na União Soviética e nos Estados Unidos.
  • Com o fim da Guerra, a ocupação americana trouxe uma nova realidade ao Japão devastado. A Seção de Informação e Educação Civil, ligada ao Comando Supremo de Forças Aliadas do general MacArthur, censurou a produção cinematográfica japonesa em 1946 a 1950, e determinou a destruição de 225 filmes, dos 544 produzidos durante a Guerra, por considera-los “feudais e antidemocráticos”. A agitação política que marcou esse período, entretanto, não impediu que grandes diretores e produções de qualidade fossem feitas. Mas o choque entre a ideologia que havia dominado o Japão até então e os novos valores individualistas do ocidente foram inevitáveis. Kenji Mizoguchi foi um dos diretores que mais se destacou no período anterior e posterior à Guerra. Ele começou a carreira nos anos 20 e se especializou em retratar a mulher japonesa em seus filmes. Gion no Shimai (As Irmãs de Gion, 1939) fala sobre gueixas do famoso bairro de Kyoto; Josei no Shôri (Vitória das Mulheres, 1946) é sobre mulheres que lutam na justiça para ter duas carreiras profissionais; Utamaro o Meguru Gonin no Onna (Cinco Mulheres ao Redor de Utamaro, 1946) conta a vida do famoso artista de Ukiyo-e dos tempos feudais, na ótica das mulheres que conviviam com ele, e o Yoru no Onnatachi (Mulheres da Noite, 1948) é um retrato da vida das prostitutas do pós-guerra, que foi decisivo par que as leis sobre a prostituição no Japão fossem mudadas.
  • É nessa fase que surge no cenário cinematográfico japonês o diretor Akira Kurosawa, que faz sua estréia em 1943 com Sugata Sanshiro (Sugata Sanshiro – Uma Saga do Judô). Com suas produções posteriores, Kurosawa ganhou popularidade na Japão, desenvolvendo histórias onde o bem e o mal não são claramente definidos e iniciando uma longa parceria com o ator Toshiro Mifune. Em Waga Seishun ni Kuinashi (Não Lamentamos Nossa Juventude – 1946) uma jovem tem sua vida mudada pelos fatos políticos da época anterior à Guerra e o homem que ela ama morre na prisão; em Yoidore Tenshi (Anjos Bêbados, 1948) o ator Toshiro Mifune faz um gângster que sofre de tuberculose e se torna amigo de um médico alcoólatra; em Shizukanaru Kettô (O Duelo Silencioso, 1949) Mifune é um médico que pega sífilis de um paciente durante uma operação e se vê obrigado a se afastar da mulher que ama, e em Nora Inu (Cão Perdido, 1949) Mifune é um detetive que tem sua arma roubada, é acusado de um crime que não cometeu e é obrigado a entrar no submundo para pegar o verdadeiro bandido, numa história real.
Depois da Guerra..
  • Em 1949 o mercado cinematográfico japonês estava recuperado e em crescimento. Cerca de 2 mil salas de cinema estavam em funcionamento no país e quatro grandes estúdios dividiam a maior parte da produção e distribuição de filmes: Toho Shochiku, Daiei e Shin Toho (atual Toei). A Daiei era especializada em filmes militares, mas com a ocupação americana, mudou sua temática para violência e sexo. A Shochiku sobreviveu com comédias, vindo a desenvolver a partir dos anos 50, populares filmes de yakuza (gângsteres japoneses) e musicais. A Toho especializou-se em filmes de época, assim como a Toei, que principalmente a partir dos anos 50 ganhou mercado com dramas de samurais.
  • Rashomon (Rashomon, 1950), dirigido por Kurosawa. Premiado com o Leão de Ouro no Festival de Veneza em 1951 e com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1952, Rashomon é a complexa narrativa de quatro versões contraditórias do mesmo incidente: o encontro violento numa estrada de um bandido (Mifune) com um samurai e sua esposa, e de um lenhador que passava lá por acaso, que vê o que ocorre. Filmado em preto-e-branco, Rashomon trouxe técnicas inovadoras de narrativa para a época, que foram posteriormente imitadas por vários diretores no ocidente.

Bom espero que tenham gostado do post da minha volta ao seven ate o próximo sábado.

Kissus da London Leah (:

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